Eu já não sei como olhar para você.
Simplesmente, embriagou-me
Com seus olhos que tecem
Devagar a divagação de um sentimento:
A vontade de tê-la em meus braços
A desenhar pacientemente um pouco
Na pele dos meus nus sentimentos
Os seus ainda tímidos e cobertos.
Quero poder ter dos senhores,
Que um dia a tomaram e ficaram presos
No espelho sem saída da sua beleza
Que lesa os incautos, calmos,
Em cujos corações têm cavados
O vazio da não reciprocidade daqueles
Olhos,
O acalanto apaziguador.
Por enquanto, contento-me em procurar
Um novo caminho até você.
Não estás longe, mas também, não estás perto.
Costumo sentir o vulto de sua mão
Às vezes a tocar levemente
A direção do meu olhar cujos pés só conhecem
A vereda em cujo fim está você
A querer me mostrar outros caminhos.
Ah!
Minha vista dirige-se a um abismo
Cuja profundidade e largura permitem apenas
A percepção vaga de sons inaudíveis e vontades reprimidas
Trêfegas e intáteis por mim
Agora, só, na escuridão de meus pensamentos
Procuro trazer sua imagem alegre, seu caminhar faceiro,
Sua voz carinhosa, seu riso meigo,
Sua elegante formosura enfim
Para eu poder, assim, esbanjar sorridente
A felicidade por dizer ao Mundo:
És bonita
A sua beleza não se exibe. É discreta. É gentil.
Quando seu corpo é tocado pela fluidez das águas,
Aquela perde a inibição e escancara intrépida
As minúcias de seu traje trigueiro.
A felicidade por saber da sua existência
E mergulhar, brincar e pular feito criança
Em sua natureza onde a flora e a fauna
Respiram um único ar, a fragrância inconfundível
Do perfume que circula leve e sai impudicamente
Dela: a Flor Morena.
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