E, do mistério de meus dias, resolve participar a misteriosa e encantadora menina...
Garota e mulher...
Ela.
Você.
“Quando você pinta tinta nessa tela cinza...”
E contorna as linhas, isentas de cores, do meu dia com o seu sorriso colorido...
E preenche os meus estranhos desenhos com as mais belas percepções visuais possíveis da tua presença...
E faz uma aquarela de nossas tintas misturadas e dissolvidas no leve gosto doce e atraente do contato de nossas bocas.
“Quando você chega nega fulô...”
E me encanta com a beleza da tua pele morena bronzeada pelo sol natural de nascença...
E, nos longos fios dos teus cabelos, o motivo para o charme intrigante da inquietante espera...
E me olha com estes olhos negros, claros, castanhos, esverdeados e envolventes pela luz do ambiente e pela árvore promovedora da confortável sombra que nos acolhe no banco da pracinha ueceana.
“Quando você fala bala no meu velho oeste...”
E me conta casos e acasos e descasos e romances com voz calma, baixa e penetrante...
E me convence a cada fonema proferido e a cada gesto dirigido que não se seduz por querer, mas se quer por seduzir...
E perco completamente o sentido de oeste, leste, norte ou sul, pois o único sentido que interessa é o norte que me leva ao paraíso da tua boca.
“Quando você olha molha meu olho que não crê...”
E me encara sem medo de enxergar na mais profunda camada da minha íris os meus mais abstratos segredos...
E te observo na rotina de dormir e na beleza de existir e na simplicidade de piscar e na singularidade de sonhar...
E a descrença no real se torna quase evidente quando a lembrança do antes irreal vem à tona e a alegria pela metamorfose se faz presente.
“Quando você faz a minha carne triste quase feliz...”
E dá sabor aos meus dias com o sal do teu calor...
E dá amparo aos meus anseios com a força do teu abraço amigo amante delicado...
E dá segurança à insegura mão minha com a tua linda mão acolhedora.
Na escuridão clara dos teus olhos, encontrei o fulgor desses meus dias de escura luminosidade.
“Você me faz parecer menos só... Menos sozinho.”
Texto em itálico: trechos da música “Skap” de Zeca Baleiro.
Su'alma
Me avise quando você voltar
Me avise quando você olhar
Para mim e não lembrar dele
Sem ficar
Triste
Me avise quando eu posso falar
Com você sem deixar que seus pequenos
Olhos caíam, se esquivem
Tomem rumo que não seja a direção
Dos meus
Me avise quando posso marcar em sua tez
Uma ponte, uma praça, uma praia
Um encontro com su’alma clara, vida viva
Por mil acasos e descasos, por mil encontros e
Infelizes desencontros
Me avise quando os meus negros olhos podem
Mergulhar na profundidade dos seus
E dizer firme envolto por sentimentos à flor da pele
À pele da Flor que por muito tempo tornou
Os ares em minha volta o perfume único que
Respira com riso, só, a alegria de minha boca:
É... ela gosta muito de mim
Me avise quando do abraço que eu lhe der
Você sinta o calor brando do meu amor que
Agora forte, agora ardente, agora tudo
Faz você não ficar triste
Faz você olhar
Para mim
Me avise quando você olhar
Para mim e não lembrar dele
Sem ficar
Triste
Me avise quando eu posso falar
Com você sem deixar que seus pequenos
Olhos caíam, se esquivem
Tomem rumo que não seja a direção
Dos meus
Me avise quando posso marcar em sua tez
Uma ponte, uma praça, uma praia
Um encontro com su’alma clara, vida viva
Por mil acasos e descasos, por mil encontros e
Infelizes desencontros
Me avise quando os meus negros olhos podem
Mergulhar na profundidade dos seus
E dizer firme envolto por sentimentos à flor da pele
À pele da Flor que por muito tempo tornou
Os ares em minha volta o perfume único que
Respira com riso, só, a alegria de minha boca:
É... ela gosta muito de mim
Me avise quando do abraço que eu lhe der
Você sinta o calor brando do meu amor que
Agora forte, agora ardente, agora tudo
Faz você não ficar triste
Faz você olhar
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