Comentário ao "Se eu for embora amanhã", de Daniela Filipini.

on sexta-feira, 11 de maio de 2012
Era para ter sido somente um comentário, curto e preciso. Peço novamente desculpas, só que daqui, desta casa. Ao trazer as minhas palavras para cá, fiz algumas pequenas motificações à vestimenta textual. A revisão e o acréscimo de algo diferente foram inevitáveis.


Já me peguei muitas vezes imaginando a minha morte e perguntando-me como as pessoas se sentiriam, quanta falta eu faria, se é que faria alguma. Também, já peguei-me imaginando a morte de amigos e de familiares, o que muito me enraivece. Não queria imaginar isto, mas, seja involuntária ou voluntariamente, imagino. É triste e faz meus olhos derramarem um tanto do líquido espiritual. São pessoas queridas e que me fariam falta. Apesar de desenhar, vez ou outra, quadros sorumbáticos e, graças ao fulgor da luz vital, incompletos sobre a morte, desejo aos amigos e as demais pessoas inseridas em minha rotina, somente, o bem!

A respeito do falecimento de pessoas queridas, procuro logo dispersar meus devaneios pondo a mão em minha cabeça, balançando-a, ou cantando alguma música. Procuro, logo, quebrar o pincel do Soturno Pintor que adentra a minha Alma enfraquecida. Dou-me as mãos e trato de erguê-la forte e altiva.

Sinto-me solitário, mas tenho em mente a existência de pessoas que nos valorizam, nos amam e nos fazem distanciar aquela sensação um pouco. Elas podem não verbalizar os sentimentos, mas estão lá em gestos como o abraço, um aperto de mão carinhoso, um beijo no rosto, um sorriso, um elogio, etc.

Se eu fosse embora amanhã, ficaria com certeza entristecido pela falta que as pessoas que conheci e os lugares em que me diverti ou não com elas me fariam. Isto faz parte. Se isso não existisse o que seria da Saudade. Esta, às vezes, serve como medidor da ternura, creio eu.

Aonde eu for, deparar-me-ei com novas pessoas e lugares. O Tempo cuidaria de lapidar as novas relações e a futura possível saudade que me envolveria, caso fosse, novamente, embora.

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