Em dezembro de 2010, escrevi dois textos intitulados "Lua Cheia I" e "Lua Cheia II". Não me recordo o motivo da descontinuidade agora. Relendo-os, percebi que foi bom ter parado. Nem mesmo sei se estão bem escritos. Pergunto-me se alguém leu. Se leu, gostou?
Acho que não devo me preocupar muito com isso, e sim jorrar os meus sentimentos, em sua maioria contidos. Ler ou não os ler são duas opções dadas ao leitor. Cabe a ele reservar um tempo a este ofício. Independe de mim...
Textos novos é o que preciso fazer. Conto, crônica, poesia, qual gênero escrever? Quando estou aqui, meus dedos não seguem a razão. Não paro e penso no gênero em que devo basear a minha escrita. Simplesmente escrevo. As palavras vão compondo um todo ainda desconhecido. São como bebês no últero materno, cujo sexo, à princípio, desconhecemos. O tempo é quem, aos poucos, começa a dar graça à Nova Vida. Não me importa saber se vai ser conto ou crônica, novela ou poesia; Importa-me, mesmo, o pranto do recém-nascido, sinal de boa saúde e prenúncio de uma boa vida talvez. Caberá a mim o pré-natal adequado, a fim de que meus filhos possam, com seus gracejos, ser bem apreciados por você.
Não tenho tido tempo suficiente para dar à luz. Também não quero cansá-los com minha falta de criatividade com estes textos sem vida. Farei um esforço para trazer ao Mundo uma nova vida. Cuido que não deixem de visitar esta humilde casa que aguarda, ansiosa, pela outra dona que saiu a passeio e ainda não voltou.
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