Lembro-me que, no primeiro ano, não tive um contato mais próximo de você devido a minha elevada e persistente timidez, que me manteve preso à visualização, apenas, sob a custódia de um amigo, já que voltara abatido de viagem triste e cansativa. Observava cada movimento seu, a maneira como balançava as pernas, o modo como caminhava, o sorriso, os lábios volvendo-se constantemente a soltar palavras. Estas eram carinhosamente recebidas pelos meus ouvidos, que vez por outra pedia para eu barrar o incessante e exaltado carretel de vocábulos.
Até então, era o que conhecia em você. Infelizmente, meu acanhamento bloqueou a porta que dava acesso a um corredor que me levaria a sua casa tão repleta de sentimentos. Na medida em que o tempo foi passando, o bloqueio foi enfraquecendo até que finalmente sucumbiu. O segundo ano foi o período de desbravamento do sombrio corredor. Por onde eu passava, iluminava com minhas sinceras brincadeiras. Pelo menos eu tentava, afinal, essa minha seriedade exacerbada... Fui descobrindo e ainda tento descobrir, aos poucos, o que a deixa feliz, o que a afligi; fui sentindo parte de suas ânsias, de suas angústias, de suas reflexões sobre a vida presente e futura. Corro, ainda hoje, incansavelmente o infindo corredor parcialmente clareado, que jamais chegará à casa, pois os seus sentimentos são nômades, inconstantes, indetermináveis.
Você, para mim, é uma flor de lótus, que nasce pura e imaculada nas primaveras orientais em águas lodosas. A sua beleza é grandiosa e será guardada cuidadosamente na minha estufa de emoções. Ter conhecido você foi, é e sempre será de elevado regozijo. Tudo o que vivi, vivo e viverei com você será majestosamente segurado e selado por mim em meu humilde baú de memórias.
Até então, era o que conhecia em você. Infelizmente, meu acanhamento bloqueou a porta que dava acesso a um corredor que me levaria a sua casa tão repleta de sentimentos. Na medida em que o tempo foi passando, o bloqueio foi enfraquecendo até que finalmente sucumbiu. O segundo ano foi o período de desbravamento do sombrio corredor. Por onde eu passava, iluminava com minhas sinceras brincadeiras. Pelo menos eu tentava, afinal, essa minha seriedade exacerbada... Fui descobrindo e ainda tento descobrir, aos poucos, o que a deixa feliz, o que a afligi; fui sentindo parte de suas ânsias, de suas angústias, de suas reflexões sobre a vida presente e futura. Corro, ainda hoje, incansavelmente o infindo corredor parcialmente clareado, que jamais chegará à casa, pois os seus sentimentos são nômades, inconstantes, indetermináveis.
Você, para mim, é uma flor de lótus, que nasce pura e imaculada nas primaveras orientais em águas lodosas. A sua beleza é grandiosa e será guardada cuidadosamente na minha estufa de emoções. Ter conhecido você foi, é e sempre será de elevado regozijo. Tudo o que vivi, vivo e viverei com você será majestosamente segurado e selado por mim em meu humilde baú de memórias.
3 comentários:
Nossa AMEI...AMEI...AMEI... mil vezes!
Muito lindo Roberto.
Entro todo dia no teu blog vê se vc postou algo. Mas essa siceramente é a melhor. E q vocabulário eh esse heim? Nossa...palavras q eu nem conhecia!
Parabéns!!!
=DDDDDDDDDDDDD
Muito obrigado Miná. Ainda tenho muito o que aprender e melhorar.
Belo texto, meu caro...
ainda não o tinha lido...
que coisa, contribuo para o blog e só agora percebo essa raridade aqui... bem aqui... no blog que eu há muito conheço... isso me reporta ao texto "Por que?", a questão da cegueira, eis um exemplo meu.
hehehe
"Tudo o que vivi, vivo e viverei com você será majestosamente segurado e selado por mim em meu humilde baú de memórias."
Parabéns
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