Saudade

on terça-feira, 13 de abril de 2010
Sob um Céu preguiçoso, indeciso
Entre as gotas de chuva e o clarão do sol
Caminhei meio sem rumo com o Sorriso
Em um asfalto, falso, com o Lençol

Que cobria impiedoso as intenções
Vacilantes e titubeantes
Perante as escancaradas insinuações
Das naturezas errantes

Nas quais mergulhava,
Tímido e trôpego,
Para saber, curioso, como se originava
O coração altivo, curto e cego.

Por mais que eu insista,
Não consigo descobrir
O coração sobre cuja pista
Teimo pisar, explorar... cobrir

Eu vou com o Lençol, manchado
De um vermelho capcioso, forte,
Que tentava dizer, fraco, pesado
Aos homens sem sorte:

"Não verás nem a chuva nem o fulgor do sol
Nem os homens a confessar sob a tempestade.
Verás esta fisgar certeiro com seu anzol
As almas ébrias do itinerário da Saudade".

3 comentários:

Satiko disse...

HUuummmm,que vocabulario bom ein.Bem estruturado e tudo mais,gostei viw,principalmente da parte logo no come;o quando vc le e realmente sente e imagina o clima do dia.. ;P
Bjos.GArota.com

Unknown disse...

Belo poema!
Adorei as rimas no final dos versos, no meio dos versos...
Tudo muito bem trabalhado!

Parabéns...de verdade!
Beijo!

Sílvia disse...

O blog mais completo que eu conheço.
Reúne em si um excelente e encantador poeta e um dos mais intrigantes e inteligentes escritores de prosa!

Parabéns aos dois. O blog está demais. Prometo não deixar acumular tantos textos novamente. E Anderson, escreva mais, todos queremos apreciar sua qualidade com "a pena".

E, finalmente, lindo texto Roberto! Adorei: "Sob um Céu preguiçoso, indeciso
Entre as gotas de chuva e o clarão do sol
Caminhei meio sem rumo com o Sorriso
Em um asfalto, falso, com o Lençol"

Parabénsssssssssssss

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