Inesperado

on sexta-feira, 30 de abril de 2010
A surpresa pelo inesperado, pelo, antes, impossível
Nos abate implacavelmente com seu arco sobranceiro
A atemorizar, até mesmo, a vileza do carcereiro,
Quem vigia as nossas recônditas vontades sob um Véu

Delicado, leve, tímido, sem demonstrar o seu fel,
Que só é descoberto e atingido pelo olhar certeiro
Do, controlado, estático e espantado, Arqueiro,
Quem, precisamente, descortinou e provou do mel.

Como as feras, agora, trêfegas, controlar?
Será possível mantê-las calmas e acorrentadas?
Até onde quer, do maduro e pesado Véu, o desenrolar?

O que vemos são somente, imagens policromáticas seladas
Com as quais, diariamente, convivemos a pendular
Entre as condições reais e oníricas, cuidadosamente, cerradas.

2 comentários:

Luh disse...

Para mim, escrever em versos é uma das mais sensíveis artes. Desenvolver um eu lírico e mergulhar nele é tarefa para poucos.
Parabéns!

Sílvia disse...

Perfeito!

Lindo!

Parabéns!

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