Amizade

on quinta-feira, 27 de maio de 2010
Os amigos não escolhemos,
Amizade não se compra.
Não é feito uma mercadoria qualquer
Que logo vemos num chão de rua,
Mas sim feita de uma substância
De origem desconhecida
Que não se encontra em escuros becos
Ou em solos enlameados;
Nem mesmo em ruelas, onde é vendido
Clandestinos sentimentos.

Essa substância, esse produto misterioso
Com a qual é alicerçada a amizade,
Propicia pilares circundados por algum
Tipo de energia provinda do lugar mais remoto do coração
De cada ser.

O teto da verdadeira amizade é incólume,
Inexorável a qualquer intempérie.
A pior das tempestades é destruída
Pela mão pesada pluma do coração,
Nada, nada, nada
É capaz de abalar a verdadeira amizade
Cuja construção, além de demorada, requer
Ingredientes que não se encontram no mundo exterior
E sim no interior de cada pessoa:
Tempo, convivência, proximidade, brincadeiras,
Alegrias, tristezas, felicidade, confiança, intimidade, enfim,

Amizade.

4 comentários:

Déborah Simões disse...

Adorei essa tua poesia, Roberto.. Muito linda... Conseguiu achar os sites de proteção do blog??
Eu se fosse você, registrava logo essas poesias na Biblioteca Nacional..

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

"Cuja construção, além de demorada, requer
Ingredientes que não se encontram no mundo exterior
E sim no interior de cada pessoa:
Tempo, convivência, proximidade, brincadeiras,
Alegrias, tristezas, felicidade, confiança, intimidade, enfim,"

Adorei essa parte
Muito bom seus textos!!
bjsss

Anderson Carlos disse...

O que falar dessa sequência de verdades ditas com palavras verdadeiras?
Nada. Apenas parabenizar o autor pela inteligentíssima mensagem passada por esse texto.
"Nada, nada, nada
É capaz de abalar a verdadeira amizade"
Pena que hoje seja necessária essa redundância desnecessária: "verdadeira amizade". Afinal, não existe amizade falsa, pois, se for falsa, não é amizade...
Isso tudo é culpa da ridícula banalização da "verdadeira amizade"...

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