Não sei

on domingo, 21 de março de 2010
Se pudéssemos mudar nossa história, talvez nos sentíssemos melhor. Mas isso não é possível. Somos levados pelo vento às vezes frio, perturbador, amedrontador, feliz. Ele não tem nada a ver com a minha história. Não posso culpá-lo por um erro cometido por mim. Uma decisão tomada precipitadamente, uma decisão que pode mudar a rota que vínhamos seguindo felizes, ou seria a rota que vínhamos seguindo pensando que estávamos felizes?

Acontecimentos imprevistos: são desafiadores, são como tormentos, são ferramentas usadas pela Vida para nos amadurecer. Amadurecemos. Até quem está próximo da morte, não viveu plenamente, não sabe de tudo, ainda amadurece. A morte é uma experiência não vivida. Quem sabe, apenas com ela conseguimos a maturidade máxima.

Não sei.

Decisões precipitadas: pode nos custar caro. Queremos tanto algo num instante de impulso que acabamos não pensando nas conseqüências. Isso já aconteceu contigo? Já. Poderia ter dito “já, infelizmente”, contudo, vendo o que vivi, as pessoas que conheci, os sorrisos ganhos, os sorrisos perdidos, as lágrimas de alegria, as lágrimas de tristeza, os dias conflituosos, as pequenas brigas caseiras, as grandes brigas caseiras, a convivência com os amigos, com os inimigos, se conhecer, o sol brando, a lua fraca, o sol fraco, a lua forte... sensações. Elas podem custar caro, mas também podem ser valiosas, mesmo provocando sofrimentos. Ao lado destes vemos um novo rumo, um horizonte mais largo. Eu vi, eu vejo. Você... torço para você não viver esse sofrimento. Entretanto, ele é necessário de vez em quando.

Feridas curáveis e incuráveis: sinto ter uma incurável. Diariamente tento mantê-la fechada, cicatrizada. Tem dias que não a vejo. Tem noites que ela sangra intensamente. Tem dias e noites que parece nunca ter existido. Há meses não a vejo mais. Ainda bem. Agora, trabalho-me para não fazer surgir mais delas. Faço o meu melhor. Você também deve fazer. As curáveis surgem quase sempre. Nas situações chatas, nas conversas chatas, nos comentários infelizes, nas brigas irrelevantes. Eu e você, sem querer, causamos estas pequenas feridas. Temos que ter cuidado para ela não piorar. Procuremos o mais rápido o remédio.

O remédio: se existisse um para os sentimentos machucados... seria o fim, pelo menos o meu.. Iria querer sair do mundo frio e imaturo, pois é assim que ele seria.

Não desista: de seus objetivos, por mais pesado que seja o fardo da dor incurável. Faça da vida crassamente vivida a graça da vida crassamente perdida.

3 comentários:

jedson disse...

seria ruim se fossemos de vidro né!? então e bom se ralar ate a brincadeira acabar que nem criança...e nada de choro!

Satiko disse...

('...e nada de choro "haushaushas bom comentário)
São tantos os medos e frustrações,tantos degrais em que nossas pernas e pés não alcançam,tantos sonhos acima do céu e tão pouca oportunidade...aahh como a vida é inconveniente,porém,o que é um sonho realizado sem caminho?sEM BATALHA?sem histórias para deixar aos que ficam.Muitos filósofos já diziam que para aprender a viver de uma forma,precisamos provar da outra,ou seja,o que vale realmente é a experiencia,as realizações vem de brinde!
Bjos da Garota.com

Unknown disse...

É...não podemos mudar a historia que é cheia de acontecimentos imprevistos
de decisões precipitadas
dessas feridas que aparecem, vão embora...
voltam.

E, de verdade, o bom de tudo é não desistir
E, de verdade, a frase mais bela do texto:
"Faça da vida crassamente vivida a graça da vida crassamente perdida."
Boa lição!rs

Beeijo!

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