Humilde Jardineiro II

on sábado, 17 de novembro de 2012
Ele pensou em parar com a lida diária, só pensou. Continua em frente a casa dela, cuidando das rosas do jardim. O Sol dá seu bom dia e os seus raios alimentam a vida; a tarde vem e desperta o cansaço nos homens, exceto nele, no humilde jardineiro que se encontra a regar as plantas maiores e as sementes que acabara de depositar no seio da terra; e quando a noite chega na companhia de suas parceiras, ele se senta na calçada e fica a resguardar a quem ama.

Resignou-se. Saber que não pode entrar na casa dela, por poucos dias, entristeceu-o. Porém, o fato de cuidar daquele jardim logo o revigorou. Gosta de estar perto daquelas rosas, cujo perfume deixa-o em paz e transporta-o a um mundo onde a tristeza vive marginalizada.

Ele se envolveu demais em seu labuta. Quase não dorme, em virtude da atenção e da proteção que procura dar a casa da moça e a paisagem bela que existe ali. Hoje, percebeu que não precisava fazer aflorar nada. O jardim vistoso sempre existiu, sempre possuiu o vigor imaginado por ele que, há meses, teve seus olhos vedados pela Fênix.

Convenceu-se de que a ama. Convenceu-se de que ser o eterno amigo apaixonado o faz feliz. Convenceu-se de que, enquanto viver, estará naquela lida.

Mas se ela abrir a porta a outro? Convenceu-se de que não se importará. Convenceu-se de que ela é a especial e única mulher que o faz bem. Convenceu-se de que ela é a mulher de sua vida e de quem jamais desistirá.

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